22 de maio de 2011

De Volta Pro Aconchego

Essa música é maravilhosa...saudade de minha familia (meus pais, irmão, tios, tias, primas, primos, amigos..)

Elba Ramalho

Estou de volta pro meu aconchego
Trazendo na mala bastante saudade
Querendo
Um sorriso sincero, um abraço,
Para aliviar meu cansaço
E toda essa minha vontade
Que bom,
Poder tá contigo de novo,
Roçando o teu corpo e beijando você,
Prá mim tu és a estrela mais linda
Seus olhos me prendem, fascinam,
A paz que eu gosto de ter.
É duro, ficar sem você
Vez em quando
Parece que falta um pedaço de mim
Me alegro na hora de regressar
Parece que eu vou mergulhar
Na felicidade sem fim

20 de maio de 2011

Diário de bordo...

Amanheceu… e navegar é preciso!

Começa a batalha diária de mergulhar em tudo que me faça desviar o foco de você. Café, papéis, computador, reuniões, água, relatórios, pastas, conversas, livros, pesquisas, roteiros de viagem para as próximas férias, ligações, trânsito, almoço, pausa… e lá vem você de novo me tomando o pensamento. Ainda assim, comemoro! Em meio à tantas atividades e compromissos, passei míseros e vitoriosos 50 minutos sem lembrar de você.

Entardeceu… sinais de tempestade!

Mais reuniões, horários marcados, chuva na janela, tempo passando lentamente, pausa para mais um café, e-mails, decisões, apresentações, chuva aumentando, a tarde vai acabando finalmente, academia, voltar para casa … música no rádio do carro. A canção lembra você! Não sei ao certo quanto tempo mantive você longe das minhas atenções durante a tarde… será que mantive? Mudo a estação, melhor ouvir notícias… o comentarista usa uma expressão clichê que eu sempre te escuto falar… mais lembranças!

Anoiteceu… ondas revoltas, mar agitado e a chuva continua!

Deito na sala escura tentando ver um filme e não há concentração, acendo a luz e pego um livro, mas fico voltando para a primeira frase várias vezes e não consigo absorver nada, abro a geladeira e fico parada olhando e pensando, fecho rapidamente… o telefone toca… cinco segundos sem respiração! É ele… só pode ser ele! Saio correndo e quando atendo vejo que é só uma amiga querendo saber de mim. Decido tomar um banho frio para acalmar os pensamentos… no meio do banho, ouço o aviso de um torpedo no celular… saio do chuveiro rápido e pingando pela casa… vou ávida para ver quem é… não era você! Me acuso de ridícula, adolescente, boba, ingênua e procuro qualquer palavra que descreva essa minha obsessão… e não foi preciso procurar muito para descobrir: AMOR. Estou, completamente apaixonada!

Deito em meio aos meus travesseiros e decido: amanhã é hora de atracar! É hora de perder o medo que me acompanha e não me deixa ser feliz… é hora de amar de novo. Vou jogar a âncora e parar de enfrentar mares turbulentos… quero águas calmas e azuis. Sim, amanhã desisto de ir para o próximo porto e te procuro…

Vou dizer que te amo e… “te ganhar ou perder, sem engano”!

7 de maio de 2011

Questão de “pele”

Os animais se atraem pelo cheiro… não há conversas, trocas de ideias ou questões pessoais em comum, que os façam se aproximarem e a partir de então, começarem um relacionamento. É na base do instinto mesmo… da atração febril por um corpo que poderá satisfazer as suas necessidades sexuais mais selvagens.

Os humanos, embora tenham entendimento sobre a natureza dos seus semelhantes e ainda que possam ter contatos intelectuais e afinidades, por vezes sucumbem à atração desenfreada por pessoas que não lhes dizem muito nas questões que são necessárias para a construção de uma relação, mas pura e simplesmente pela vontade física, pelo tesão, pela química que está arraigada à alguém que tão somente lhe direciona um olhar.

A atração física é algo incontrolável! Não há como evitá-la ou expulsá-la… ela acontece sem saber se aquela pessoa é certa ou errada. Obviamente, depois de alcançar alguma maturidade, você já consegue filtrar ou não dar vazão, mas isso não quer dizer que ela não exista.

Pode ser por alguém que você nunca tenha visto antes, pode ser por alguém que está ali no seu círculo de convivência… um amigo, por exemplo… já falei aqui em algum texto sobre amigos que se apaixonaram e ficaram juntos, mas agora refiro-me à simples atração física… aquele apelo sexual entre corpos que você sabe que não passará daquilo, mas que está ali, tirando a sua concentração e fazendo você se questionar se essa perturbação significa o suficiente para se transformar em um sentimento mais forte, tipo…. amor?

Para fins de ilustração, conto agora a história de uma mulher inteligente, madura e perspicaz que, mesmo tendo consciência do que acontece a sua volta, não consegue dominar esse desejo quase primitivo de se jogar nos braços de um amigo…
Em um dia de carência mútua, os dois “ficaram”… não foi nada planejado, apenas aconteceu. Ficaram mais algumas vezes em intervalos cada vez maiores e apesar dela estar consciente da amizade que os aproximavam, de não ter nada em comum com ele e até tentar evitar, as “faíscas” continuavam existindo.

Foi então que ela percebeu que essa atração era muito forte e até imaginou que poderia dar certo transformá-la em algo maior. Resolveu contar para ele… essa decisão só foi possível, por conta de algumas doses extras de álcool… o álcool entra e a verdade sai! Apesar da conversa não ter sido muito confortável, viram que não passaria daquilo, afinal ele se mostrava interessado em outra pessoa e ela, por sua vez, percebeu que o amigo estava mesmo distante de ser alguém com quem ela pudesse começar um namoro sério.

A história parou por aí, hoje ela está namorando um rapaz que a faz muito feliz e que tem inúmeras coisas em comum com ela. Ela está apaixonada! Bom… os encontros mais íntimos com o amigo acabaram, mas a atração continua… e ela percebe essa “liga”, todas as vezes que ele se aproxima, sorri ou brinca com ela de uma forma mais diferenciada. Certamente, ele deve sentir a mesma coisa. Mas até então não passou disso! Aúnica coisa que a deixa inquieta é o fato de estar feliz como namorado, dele ser alguém especial e paralelo à isso, ela continuar se sentindo atraída por esse amigo de abraços encantadores.

Contraditório amar alguém e se sentir atraído por outro? Não! É comum e todos estamos sujeitos a passar por isso, ainda que não haja intenção. O que irá diferenciar as pessoas, serão os variados tipos de comportamentos que elas podem ter. Negligenciar uma paixão por alguém especial e vez ou outra se entregar aos desejos da carne? Abafar a atração pulsante do corpo ao encontrar esse alguém, mesmo que todos os seus instintos estejam pedindo o contrário?

Quem poderá dizer o que é certo ou errado? A opinião é constitucional e a escolha pertence a cada um. É apenas preciso estar atento, pois nessa brincadeira de seguir os instintos, alguma das feras poderá sair arranhada.

5 de maio de 2011

Ficantes

ficar v.t.c. … 20.Bras. Gír. Trocar carinhos sem compromisso de namoro.

Esta é uma definição encontrada no Aurélio. Criada há poucos anos, esta condição, que não deve ser confundida com estado civil, vem tomando proporções assustadoras nos últimos tempos. Antes havia a paquera, que era o que antecedia o namoro e em seguida transformava-se em compromisso mais sério. Mesmo quando a paquera não ia muito adiante ela garantia uma certa exclusividade.

Com a invenção do “ficar”, criou-se uma alternativa que pode ser muito satisfatória para os que não querem se envolver ou pouco atraente para os que querem um relacionamento sério… à moda antiga, já que atualmente as dificuldades aumentaram. Sair para a balada e encontrar alguém para passar a noite, não é garantia de que
você verá aquele rosto novamente… vocês só “ficaram”.

Pelo que podemos observar, “ficar” não envolve compromisso, comprometimento ou fidelidade. Quem “fica”, sabe que não pode depositar esperanças em uma relação que é mais assistencialista que constante. Não é possível desenvolver expectativas de estarem juntos nos próximos dias, fins de semana ou ainda no Natal. Quem “fica” não tem a responsabilidade de ligar no dia seguinte, embora este tipo de comportamento esteja associado à gentileza e educação… por mais que não se pretenda encontrar a pessoa novamente, se pediu o telefone não custa dar uma ligadinha.

Mas até que ponto as pessoas encaram a proposta de “ficar” arcando com as suas conseqüências? Tenho escutado histórias de homens e mulheres que ao primeiro sinal de liberdade de expressão do ficante, se sentem magoados e ameaçados. Se você conhece bem a definição desse tipo de relação, sabe que a cobrança está, totalmente, descartada desse contexto. É bom lembrar que não existe uma relação construída, ainda que uma das partes possa nutrir algum tipo de sentimento.

Entretanto, independente do grau de envolvimento que você tenha com alguém, acredito que em qualquer convivência sempre deve haver respeito. Se você ficou com alguém em uma noite, não pediu telefone e nunca mais se encontraram de novo… beleza! Mas se você “fica” de forma mais recorrente com uma pessoa, mesmo que não haja compromisso, é bom lembrar que algumas questões básicas da boa educação, devem ser zeladas.

Sem retórica nenhuma, mostro algumas delas… de forma simples e esclarecedora:
- Se está ficando ou ficou por vezes seguidas com a mesma pessoa, já foi criada alguma cumplicidade, portanto, não que seja proibido, mas evite “ficar” também com parentes e amigos próximos desse alguém. Tem muita gente no mundo, não precisa ir cantar quem está tão perto e na linha de convivência do outro. A menos que seja uma paixão arrebatadora, não se queime!
- Ciúmes está descartado! Se você foi para uma festa e encontrou o seu ficante ficando com outra, trate de ficar quietinha e engolir a vontade de ir lá e fazer um barraco. Lembre-se: nesta relação não há compromisso.
- A freqüência não é algo estabelecido. Não é regra “ficar” toda semana ou todo mês, mas sim quando as condições de temperatura e pressão estiverem favoráveis. Caso o indivíduo desapareça por meses, o contato poderá esfriar e perder o sentido.
- Trabalhe a ansiedade para entender que nem todas as ligações e torpedos serão retornados, assim como os convites para uma saída de última hora e em cima da hora, também poderão ser recusados.
- Embora a relação não seja oficial, não trate os ficantes como amantes. Se os dois não possuem compromisso com ninguém, os encontros não precisam ser marcados apenas nos finais de noite e madrugada… quem gosta de visita íntima é preso!
Estas considerações foram feitas por algumas pessoas que me passaram as suas insatisfações com os respectivos ficantes e então trouxe aqui como tema. Alguns condenam e acreditam tratar-se de promiscuidade, mas o ato de “ficar” já faz parte do histórico das relações e mesmo quem não for adepto, deve respeitar quem aprova e curte a proposta.

A maioria das pessoas que “ficam”, também continuam acreditando que uma boa história de amor, nos velhos moldes, ainda é melhor do que os encontros furtivos e frugais.