11 de abril de 2011

Nada não!

ELE: O que foi? Você está estranha, o que houve?
ELA: Nada não!


Esse é um diálogo comum entre casais.

Normalmente ele vem acompanhado de uma cara meio fechada e respostas lacônicas.
Ocorre que o “nada não” quando dito pela mulher, pode significar tudo, menos nada.
Eu explico!

As mulheres as vezes, só as vezes, gostam de complicar um pouco as coisas.
Nem digo que de propósito, mas inconscientemente tomam atitudes impensadas quando estão de birra, voltando à menina da infância que uma vez contrariada, fazia biquinho.

Quando a pergunta é respondida com o “nada não”, nesta expressão não há nada de superficial.

Se você for analisá-la a fundo, descobrirá motivos tardios ou recentes que transbordaram nessas simples palavrinhas.

Pode ter sido pelo fato de você ter preferido jogar futebol no fim de semana à ficar com ela, pode ser por conta do elogio que ela estava esperando e você não deu, pode ser por ter lembrado que no natal você não escreveu um cartão para ela (que delay horroroso!!!), pode ser que você nunca mais tenha dito “eu te amo”, pode ser que disse algumas palavras sem pensar e que a magoaram e pode ser que você tenha pisado na bola mesmo… afinal, vocês vivem fazendo isso!

Não me excluo dos comportamentos peculiares à maioria das mulheres, mas confesso que sou contra ao “nada não”.

Porque não contar? Preguiça de falar ou medo de desgastar a relação?
Não adianta querer omitir em palavras o que os gestos, olhares e falta de sorrisos vão deixar explícito.

Para não parecer “a melhorzinha”, confesso que passei um bom tempo dizendo “nada não”.

Dizia para evitar discussões, mesmo sabendo que eu tinha motivos sérios e não apenas capricho de menina mimada.

Engoli muitos sapos!
Mas eu cansei.

Viver às margens de alguém e dizendo “nada não” o tempo inteiro, não é o que queremos para nossas vidas.

E o bacana é descobrir isso, jogar pro alto o que não te faz bem e começar a falar sempre o que tiver vontade.

Não é simplesmente falar pelos cotovelos e sem limites, mas falar no momento certo, com propriedade e acima de tudo valorizando e respeitando as suas opiniões.

Não vale a pena camuflar as razões, sejam elas sérias ou bôbas.
Se forem sérias, é ainda mais necessário que sejam ditas e caso não sejam importantes, fale também e talvez vocês possam rir juntos do mal entendido ou melhorar pontos da relação.

Só não devemos calar.
O que sentimos é muito grande para ser resumido ao nada!
Nada, não… fale tudo.

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