30 de janeiro de 2011

Cada um do seu jeito......

Há quem termine um namoro e chore, grite, se desespere e conte para todo mundo. No dia seguinte ao término, vai trabalhar com aquele olho inchado e um ar de quem acabou de perder o chão. Não se incomoda em explicar para os colegas de trabalho ou deixar que as lágrimas escapem nos momentos em que a dor vem mais forte… não se dá ao trabalho de esconder nada…nem de si mesmo, nem dos outros. Termina hoje e todos já ficam sabendo.

Há quem termine um namoro e se mantenha sereno, calmo e distante, ainda que por dentro não reste nenhum pedacinho que não esteja chorando. É uma dor muda, isolada, mas não menor. Deixar que alguém pergunte e responder que não existe mais nada, parece mais cruel que ter passado pelo fim. A invasão de terceiros em um sentimento tão particular, por vezes parece agressivo e pode não representar nenhuma ajuda para quem está sofrendo. Essas pessoas só revelam o rompimento, depois de alguns dias… quando se sentem mais fortalecidos.

Cada um sente e age, conforme manda o coração, conforme pede a sua alma e a sua dor. Não há regras ou o que é certo e errado… seria difícil seguir algum tipo de etiqueta emocional com o peito despedaçado.

É engraçado que a ciência tenha descoberto a cura para tantos males, o homem foi à lua, Steve Jobs criou maravilhas, mas ninguém conseguiu descobrir um remédio potente tipo uma pílula, um xarope, uma vacina, um chá, um banho de folhas… qualquer coisa que amenize essa dor insuportável, que chega a ser física, de perder quem se ama.

Não adianta ouvir frases como aquelas clichês que os amigos falam para tentar ajudar…

“Não era pra ser”

“Foi melhor assim”

“Você vai encontrar coisa muito melhor”

“Vai passar”

“Levante a cabeça, você não merece sofrer por alguém que não te quer”

Nada…nada disso tem nenhum significado, razão ou serve como paleativo, pelo menos nos primeiros dias. Quando as coisas começam a esfriar e fazer sentido, a própria pessoa começa a repensar o que houve e inicia-se o processo de recuperação.

Até lá, cada um sabe de si e como conduzir a sua quarentena!

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