31 de janeiro de 2011

Precisa-se de um estatuto para mulheres solteiras...

Assim como existem os estatutos do idoso, da criança, do adolescente e muitos outros, acho que deveriam criar o estatuto da mulher solteira. Algo que trouxesse um pouco de proteção e diretrizes à estes seres tão, cruelmente, exigidos.

Pense como é dura a vida de uma mulher que não tem namorado, mas precisa estar diariamente pronta para a guerra: depilação em dia, sair sempre com uma calcinha que “dê jogo”, estar com respostas afiadas na ponta da língua para as amigas comprometidas que te chamam de encalhada, nunca ir ao mercado com uma camiseta rasgada e o cabelo sujo, afinal em qualquer lugar é possível encontrar o seu grande amor, estar sempre com os sensores todos ligados para não deixar passar as oportunidades, sair todos os finais de semana para badalar (um príncipe não vai tocar a campanhia da sua casa em um sábado à noite, quando você estiver jogada no sofá vendo um filme), torcer para as melhores amigas não engatarem nenhum namoro até o reveillon que vocês combinaram de passar viajando e o pior de tudo… não ter uma bola de cristal para adivinhar quando e que horas o paquera que você conheceu no fim de semana irá ligar.

O estatuto ajudaria muito estabelecendo que se o cara pediu o telefone, deve ligar no máximo quatro dias depois e não quatro meses. Isso não é falta de tempo, gente… é falta de respeito!

Curiosamente, se a mulher solteira decide passar um fim de semana sem se preocupar em estar depiladinha, escovadinha, arrumadinha, cheirosinha e gostosinha… isso não quer dizer que ela seja desleixada, ok? Apenas resolveu passar um fim de semana tranqüilo e sem expectativas… e isso incluí não ter ido ao salão. Basta esse hiato de beleza, que algum paquera renascido das sombras dos desaparecidos…. resolve dar o ar da sua graça!

A situação é assim: a criatura liga, aos 43min do segundo tempo, ou seja, às 21h de sábado, perguntando se você não quer fazer alguma coisa…antes de dizer sim, você, enquanto enrola na conversa, corre para a frente do espelho e se dá conta de que a sobrancelha está parecendo uma taturana, o cabelo um mafuá, as pernas parecendo um carangueijo que acabou de sair do mangue e outras partes que também exigiriam uma certa “guaribada”, também não estão simpáticas.

Quando você percebe o estrago, mesmo sendo super a fim do fôfo que está do outro lado da linha, tem vontade de agradecer o convite e falar para ele que está passando por um processo de mudança espiritual e há dois meses decidiu que vai entrar para um convento e se tornar freira e portanto não aceitará sair por esse motivo. Se houvesse um estatuto, estaríamos protegidas por lei e seria estabelecido que nenhum homem deveria ligar no dia que não estivéssemos devidamente organizadas.

Exageros à parte, este tipo de situação é mais comum do que imaginamos. Não nesse grau caricato que descrevi, afinal as mulheres gostam de se cuidar, independente de estarem acompanhadas ou não…mas basta um pequeno descuido e lá vem uma oportunidade aparecendo.

Não tem jeito, por mais desprovida de vaidade que uma mulher seja, depilação e cabelos arrumados, reforçam a sua segurança para ir ao encontro de um homem. Por outro lado, o cara que liga no sábado a essa hora, merece receber um não de qualquer forma… principalmente se a mulher estiver linda e segura. Os cuidados que temos com o nosso corpo, são especiais e caros demais para compartilhar com um “tipinho” que só ligou por não ter outra opção de diversão.

Quando a mulher é especial para um homem, na sexta-feira ele já liga para falar sobre o final de semana… e esse sim, merece todas as nossas melhores surpresinhas, afinal deu tempo suficiente para arrasarmos na produção.

E lá vamos nós, continuando em busca de um capítulo descente para acrescentar à nossa biografia!

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