10 de janeiro de 2011

Na praia: filtro solar e cautela!

Quando você paquera alguém em um dia de semana, durante o almoço ou happy hour, consegue ter uma noção do que o outro faz, através das roupas, da conversa pescada da mesa ao lado, da maneira descontraída de determinadas profissões ou até do cenho franzido dos grandes advogados.

Quando você paquera em uma livraria, consegue perceber ainda mais o candidato através do seu gosto literário… os mais intelectuais nas prateleiras de Shakespeare e Wilde, os mais antenados nas pilhas de revistas de informática, os mais misteriosos perto dos policiais e suspense… e aqueles que ficam nas estantes de auto ajuda, que você prefere passar batida.

Na maioria dos lugares, até mesmo nas baladas, é possível ter uma noção do perfil do candidato, quer seja pelo papo, roupas ou acessórios que ele use. Não que isso seja necessário, acredito que caráter e personalidade não estejam atrelados à aparência. Mas… existem algumas mulheres que julgam importantes os quesitos profissão, escolaridade… só faltam perguntar se o cara é isento do imposto de renda e se a resposta for “sim” elas saírem correndo e gritando que o rapaz é “barril”. Triste, mas acontece… pode acreditar!

Então se você é do tipo de mulher que não quer se envolver com um homem que não tenha graduação, pós graduação, mestrado e um curriculum de impressionar Max Gehringer, evite…. atenção: EVITE paquerar na praia.

Diante de um mar azul e quente de um dia de verão, as areias das praias ficam repletas de corpos bronzeados e sarados, em busca de diversão. Em trajes de banho, fica difícil perceber qualquer sinal que induza à uma avaliação do perfil de alguém. Apenas os corpos são os objetos de observação e desejo… ou não!

Nas mulheres, ainda se percebe um toque de elegância nos detalhes das bolsas de praia, nas estampas dos biquínis, dos chapéus, cangas e outros acessórios. Mas nos rapazes… o único acessório eliminatório são os óculos coloridos. Nos outros que estão descalços, com sungas de cores escuras e as vezes, de boné… não dá para saber quem é quem! A única seleção feita é a de bonitos ou feios… veja essa história que aconteceu com uma amiga minha:

Ela é aquele tipo de mulher simpática, educada, mas que no fundo é super fresca e já é acionista do Clube das Patricinhas, sabe? Viajou, com um grupo de amigas, para uma cidade do nordeste, cheia de praias paradisíacas. Em um dos inúmeros passeios, chegaram até uma barraca super animada e resolveram ficar por ali.

Foi então que ela avistou um cara que estava lhe olhando e percebeu o quanto ele era lindo. Segundo ela, “um deus grego”! O tempo foi passando e finalmente, o rapaz resolveu se aproximar e puxar um “dedo de prosa” com a moça. Se apresentaram, falaram sobre o tempo, festas e os passeios que ela já tinha feito. Ele não falava muito e em alguns momentos parecia não entender o que ela estava dizendo. Ela atribuiu esse comportamento à uma possível timidez e seguiu com o papo.

O clima era altamente comprometedor… quem observava de fora, tinha certeza que iria rolar alguma coisa entre os dois.

Trocaram os telefones, ela disse que iria embora para o hotel e ligaria mais tarde para que marcassem de se encontrar. Para sua grande surpresa, ele disse que não poderia sair naquela noite pois acordaria muito cedo para trabalhar, mas que ligaria depois que saísse do trabalho.

Ela toda “derretida”, insistiu e perguntou se ele não poderia se atrasar um pouquinho, ligar avisando que chegaria mais tarde e tal, mas ele disse que caso se atrasasse, seria demitido. Então, ela já meio aborrecida, perguntou:

- Pôxa! Você trabalha com o quê? Por qual motivo não pode se atrasar uns trinta minutos?

E ele respondeu:

- Eu sou padeiro! A primeira fornada sai às cinco e meia da manhã e nesse horário a padaria já está cheia.

Ela soltou uma gargalhada e disse que ele era muito divertido, mas em seguida, viu pela cara séria dele que o moço estava falando a verdade. Como eu disse, ela não é do tipo que aceita bem essas diferenças… foi embora e não ligou para o “deus grego”, como havia prometido.

Bom, não vou aprofundar essa discussão aqui, pois concordo que o comportamento dela não foi louvável. Acredito que a diferença “cultural” até pode ser um entrave para levar uma relação a frente, mas profissão ou conta bancária, não!

Cá pra nós… eu quase nunca expresso coisas sobre mim aqui, mas quem me conhece sabe o quanto sou APAIXONADA por pão! Eu adoro, adoro, adoro mesmo!!!! Portanto, no lugar dela nunca iria ignorar esse padeiro… por diversos motivos, mas principalmente pelo saco de pães bem quentinhos que eu iria pedir…Nham nham!!!

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